Por Ir. Norma Maria Ravazzi

É muito comum, eu conversar com pessoas que estão desanimadas, em que a vida parece estar sendo carregada e não vivida com leveza e alegria. São tantos os problemas, tantas as dificuldades… Mas ao olharmos com mais cuidado, verificamos que os problemas acabam por tomar proporções maiores quando a causa é interior.
dificuldadesHá pessoas que sofrem porque se magoam facilmente com palavras, atitudes ou comentários feitos pelos outros, amigos ou não. E de repente parece que o mundo desaba, tudo fica escuro, sem saída; dá um aperto no coração, uma dor, a mágoa aflora e não se consegue pensar em outra coisa, a não ser no que foi dito, ou na cara que o outro fez, ou então, na opinião que o outro expressou. E isso fica rodando na cabeça. As vezes, acontece em família. É uma sogra, ou uma cunhada, ou mesmo um irmão ou irmã; outras vezes ocorre até com um colega de trabalho. E não se consegue ver outra coisa senão esse sufoco que toma a pessoa por inteiro, atrapalha, às vezes, até a impede de trabalhar bem naquele dia. Só o outro que aparece em sua cabeça, e só aquele pensamento, uma vontade de chorar e quando alguém pergunta o que foi, ou aperta um pouquinho, pronto, aí chora mesmo. é uma agonia, como é difícil!!! Perco horas, talvez dias enrolando nesse sofrimento. Esse é o tipo de sofrimento interior, praticamente sou eu quem o crio. Eu deixo o outro mandar em minha vida. Eu deixo o outro determinar meu bem estar. Pode até ser que exista um problema, uma conversa dita de forma não correta, uma observação, mas o problema se torna maior porque eu aumento, cria-se como se fosse uma espuma que cresce, cresce… e me atormenta. Estou precisando cuidar um pouquinho mais de minha identidade.
Como sair disso? Como modificar? Às vezes, não é fácil, sobretudo se a pessoa, em princípio não acredita que parte do problema está nela. Mas eu preciso começar a separar um pouco as coisas e ver com mais clareza o que é real e o que é criado por mim. Preciso separar o objetivo do subjetivo. Aí eu começo a tomar conta de mim e ter a minha identidade na mão. E o início de um processo de crescimento pessoal que se torna básico para alcançarmos a felicidade.

   (Voz Terra Assis – Maio de 2001)  

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