Ir. Cláudia Valéria Chaves da Silva foi uma dos 23 peregrinos que partiram da paróquia Imaculada Conceição, no Recreio, rumo ao santuário de Aparecida, no interior de São Paulo. Durante treze dias, o grupo, formado por um padre, duas freiras e vinte fiéis, fez a pé o trajeto de 318 quilômetros, uma média de 25 por dia. Eles chegaram a tempo de participar da festa de Nossa Senhora Aparecida, no dia 12 de outubro.
— A peregrinação foi um mergulho para dentro de si. Foi uma rica experiência — diz Glauco, veterano do grupo, que há 13 anos, atravessou a pé os 600 quilômetros da rota medieval de Santiago de Compostela, na Espanha.
A proposta de peregrinar até Aparecida partiu do padre André Vilar. Movido por um antigo sonho, o sacerdote decidiu lançar o desafio para os fiéis, no ano passado, e se surpreendeu com a adesão.
— A ocasião não poderia ser melhor. Esse ano, comemoramos o jubileu dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba do Sul. Nossos peregrinos vão com uma missão específica: transmitir a paz por onde passarmos — diz o padre, que acompanha os peregrinos.
Embora o trajeto mais curto seja pela Rodovia Presidente Dutra, o grupo fará uma rota alternativa, passando pela Costa Verde. Isso porque ao longo da Dutra há poucas opções de hospedagem. Os romeiros andaram de dia e, à noite, ficaram hospedados em igrejas. Para dar suporte ao grupo, dois veículos de apoio acompanharam a peregrinação, transportando malas e materiais de primeiros socorros.
A preparação dos romeiros ficou a cargo da professora de Educação Física Maria Fátima Pinheiro, de 59 anos. Depois de orientar os exercícios e organizar caminhadas preparatórias, ela acabou aderindo à peregrinação.
Para Irmã Cláudia Chaves, a caminhada foi um resgate à memória da mãe, que fez uma promessa de peregrinar a Aparecida mas morreu antes de cumprir.
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